Garantia de Proposta em Licitações e Contratos

Mãos assinando um documento sobre uma prancheta, representando a formalização da Garantia de Proposta em licitação.

Você estudou o edital, preparou a documentação, calculou o preço… e de repente, aparece uma exigência chamada Garantia de Proposta

O que isso significa? Quanto custa? Como funciona? E se você errar algum detalhe, corre o risco de perder a oportunidade?

Calma. Esse é um passo que assusta muitos empresários — mas não precisa ser complicado.

A Garantia de Proposta em Licitação é como um comprovante de seriedade que sua empresa entrega ao governo. Algo do tipo: “Olha, estamos comprometidos em participar desse processo e cumprir o que prometemos”. Pode ser em dinheiro, um aval do banco ou um seguro específico.

Mas aqui está o problema: se você não entender as regras, pode perder tempo, dinheiro e até ser desclassificado. A boa notícia? Não é preciso ser expert em leis para dominar esse tema. Basta conhecer três pontos essenciais:

  1. O que é a Garantia de Proposta (e por que ela não é a mesma coisa que a Garantia Contratual).
  2. Como escolher a modalidade certa para sua empresa — sem prender seu capital ou complicar o fluxo de caixa.
  3. Por que o Seguro Garantia virou a opção preferida de quem quer simplificar o processo (e economizar).

Pronto para deixar a insegurança de lado e focar no que realmente importa: vencer licitações? Vamos começar.

O que é Garantia de Proposta?

Você já alugou um apartamento e precisou deixar um depósito para o proprietário? É aquela quantia que garante que você vai cuidar do imóvel — e, se algo der errado, o dono tem como cobrir os prejuízos. A Garantia de Proposta em Licitação funciona de um jeito parecido.

Quando o governo abre uma licitação — seja para construir uma ponte, fornecer material ou prestar serviços —, ele precisa ter certeza de que as empresas que participam estão comprometidas. Afinal, não adianta alguém chegar com uma proposta incrível no papel… e depois desistir na hora de assinar o contrato.

É justamente por isso que entra a garantia. Ela funciona como um seguro de compromisso para o órgão público. Em outras palavras, algo como: “Se formos escolhidos, honramos o combinado”.

Entretanto, há quem critique que essa exigência pode limitar a competição — nem todas as empresas têm acesso fácil a esse tipo de garantia. Sem essa garantia, sua proposta pode ser desclassificada antes mesmo de entrar na disputa.

Quanto custa a garantia de proposta?

Agora, a pergunta que todo mundo faz: “Quanto isso vai custar?”. A lei define um teto: no máximo 1% do valor estimado da contratação. Se o edital indicar um valor estimado de R$ 500 mil, por exemplo, a garantia não pode passar de R$ 5 mil.

Mas atenção: esse valor só é cobrado se o edital exigir a garantia. Nem toda licitação pede — mas quando pede, é obrigatório.

A garantia de proposta filtra quem está preparado para levar o processo a sério. É como um teste inicial: se a empresa não consegue apresentar a garantia, provavelmente não terá estrutura para executar o trabalho.

Garantia de Proposta x Garantia Contratual

Ah, e tem um detalhe que muitos confundem: Garantia de Proposta não é a mesma coisa que Garantia Contratual. Enquanto a primeira é para todos que participam da licitação, a segunda só vale para quem vence — e serve para garantir que o contrato será cumprido até o fim. Misturar esses dois conceitos é um erro comum… e pode levar a decisões erradas na hora de escolher a modalidade certa.

Mas e se você não apresentar a garantia? A resposta é direta: desclassificação imediata. Não importa se sua proposta é a melhor. Se faltar esse documento, o governo entende que você não seguiu as regras básicas.

Agora, o lado bom: entender como a garantia funciona diminui riscos para todo mundo. Para o governo, é uma forma de evitar empresas que só querem aparecer no processo. Para você, é uma chance de mostrar credibilidade desde o início. 

E mais: se a licitação fracassar — ou se você não for escolhido —, o valor da garantia é devolvido em 10 dias úteis.

E aqui vai um segredo: muitos licitantes perdem prazos porque não leem o edital com atenção. Sim, é chato. Mas é ali que estão todas as regras — inclusive se a garantia é obrigatória ou não.

Como a Garantia de Proposta funciona na prática?

Pessoas analisando documentos em uma reunião, representando a aplicação da Garantia de Proposta em licitação na prática.

Você já sabe que a Garantia de Proposta é um comprovante de compromisso. Mas como ela funciona na prática?

Primeiro: você precisa escolher como vai apresentar essa garantia. São três opções. Cada uma tem regras, custos e impactos diferentes no seu caixa. Vamos destrinchar uma a uma.

1. Caução em dinheiro ou títulos públicos

É como deixar um valor travado numa conta específica. Imagine que você precisa guardar R$ 5 mil num cofre do governo — e só pode retirar depois que a licitação terminar. 

Se optar por títulos públicos, é parecido: você entrega papéis do Tesouro Direto como garantia.

A vantagem? É direto. Não precisa de intermediários. A desvantagem? Seu dinheiro fica preso. 

Para pequenas empresas, isso pode significar menos capital para investir em estoque, funcionários ou outras licitações.

Ah, e tem um detalhe: se a licitação demorar mais que o previsto, seu dinheiro pode ficar bloqueado além do planejado. Por isso, muitos evitam essa modalidade — principalmente quem precisa de agilidade financeira.

2. Fiança bancária

Aqui, o banco entra como fiador da sua empresa. É como se ele dissesse ao governo: “Se essa empresa não cumprir o combinado, nós pagamos”. Mas não é de graça. 

O banco cobra uma taxa (geralmente alta) e pode exigir garantias adicionais, como imóveis ou veículos.

O problema? Bancos são burocráticos. Pode levar dias para conseguir a fiança. E se sua empresa não tiver um histórico bom com a instituição, a taxa pode subir — ou o pedido ser negado.

Para quem tem pressa, essa não é a melhor opção. Mas para empresas com relacionamento sólido com o banco, pode ser uma saída.

3. Seguro garantia

Essa é a opção que virou queridinha de quem participa de licitações. Funciona assim: você contrata um seguro específico, paga um prêmio (que é uma fração do valor total da garantia) e a seguradora emite um documento comprovando o compromisso.

A diferença? Você não precisa tirar R$ 5 mil do bolso (como na caução). Nem depender da boa vontade do banco (como na fiança). 

Basta pagar uma parcela mensal — muitas vezes, menos de 10% do valor total da garantia. E o melhor: dá para parcelar. Isso libera caixa para outras prioridades.

Ficou com alguma dúvida?

Entender a Garantia de Proposta é como dominar uma regra do jogo que muitos ignoram. Você já viu que ela não é um bicho de sete cabeças: é um compromisso financeiro que prova sua seriedade ao governo, protege sua empresa de desclassificações e abre portas para oportunidades maiores.

Resumindo o essencial:

  • A garantia é obrigatória apenas se o edital exigir — e o valor máximo é sempre 1% do contrato.
  • Escolher entre caução, fiança bancária ou seguro garantia depende do seu caixa, prazo e relação com instituições financeiras.
  • O seguro garantia é a opção mais flexível para quem quer economizar e evitar dores de cabeça.

Antes de fechar qualquer garantia, converse com outras empresas do setor. Trocar experiências revela detalhes que editais não mostram — como seguradoras com taxas mais baixas ou bancos que aceleram processos.

E sabe onde você encontra essas conexões? No ConLicitantes, o maior evento de licitações do país. Lá, você não só descobre tendências do mercado como também conhece especialistas que podem ajudar a negociar condições melhores para sua garantia

Empresários que participam do evento costumam sair com muitas ideias e estratégias práticas — desde como reduzir custos com seguros até novos meios para evitar erros com prazos.

Quer ir além? Não deixe de participar da próxima edição. É a chance de transformar a Garantia de Proposta de uma obrigação em uma vantagem competitiva.

Agora é sua vez:
Tem dúvidas sobre qual modalidade escolher? Quer saber como calcular o 1% do seu próximo projeto? Deixe nos comentários. Responderemos cada uma — porque licitação não é só sobre regras. É sobre fazer seu negócio crescer com segurança.

E não se esqueça: a próxima licitação pode ser a sua grande oportunidade. Esteja preparado.

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